No dia 11 de abril, associações de todo o mundo alertam para as dificuldades enfrentadas por quem sofre de doença de Parkinson.
Comemora-se esta quinta-feira, 11 de abril, o Dia Mundial da Doença de Parkinson, uma iniciativa da Associação Europeia da Doença de Parkinson, com o objetivo de sensibilizar para a doença, promovendo uma melhor compreensão da mesma e de que como esta afeta quem dela padece e as suas famílias.
Com a hashtag #UniteForParkinson, organizações de todo o mundo levam a cabo uma campanha de sensibilização, organizando eventos neste dia.
A doença de Parkinson é uma doença neurológica degenerativa do sistema nervoso central, para a qual ainda não existe cura. É a segunda doença neurodegenerativa mais comum, a seguir à doença de Alzheimer, atingindo mais de uma em cada mil pessoas na Europa. Estima-se que cerca de 20 mil portugueses sofram desta doença.
A iniciativa evoca o nascimento – em 11 de abril de 1755 – de James Parkinson, o médico inglês que descreveu a doença pela primeira vez, em 1817.
Veja o vídeo produzido pela Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson
O que é?
A doença de Parkinson desenvolve-se quando determinadas células nervosas cerebrais (neurónios) morrem. Os neurónios produzem a dopamina, uma substância que funciona como um mensageiro químico cerebral nos centros que comandam os movimentos. A redução dos níveis de dopamina dificulta o controlo da tensão muscular e dos movimentos. Quando 70 a 80% dessas células morrem, dão-se manifestações da doença de Parkinson. Não se sabe, porém, por que razão as células morrem e o que leva umas pessoas a desenvolverem a doença e outras não.
Quando surge?
A prevalência da doença aumenta com a idade e é mais comum nos homens do que nas mulheres. Apesar de ser rara antes dos 50 anos, em 5% dos casos a doença surge antes dos 40.
Quais são os sintomas?
Os sintomas mais comuns desta doença estão relacionados com o sistema motor, como os tremores, rigidez do tronco e dos membros e lentidão dos movimentos.
Em 70% dos casos, a doença de Parkinson manifesta-se inicialmente por um tremor ligeiro numa mão, braço ou perna, que ocorre quando o membro está em repouso, mas pode aumentar em momentos de maior tensão. Com a progressão da doença, o tremor espalha-se e pode afetar as extremidades de ambos os lados do corpo.
As dificuldades na marcha e a instabilidade postural tornam a doença muito incapacitante.
É cada vez mais reconhecida a presença de manifestações não motoras da doença, que se traduzem no sono, no pensamento, na fala e no estado de alma dos doentes. A depressão e a ansiedade são frequentes nos pacientes com Parkinson, bem como as perturbações da memória. Podem também ocorrer dificuldades visuais, incontinência urinária e alterações na sexualidade, cãibras, dificuldades de mastigação e deglutição e ainda aumento do suor.
Como se diagnostica?
A história clínica familiar e a avaliação neurológica podem ajudar no diagnóstico. No entanto, não existe análise laboratorial ou qualquer exame radiológico que permita um resultado definitivo.
Como se trata?
Não existe ainda cura para a doença de Parkinson e a terapêutica depende da análise detalhada caso a caso e deve ser feita por um neurologista. O tratamento da doença tem como objetivo manter a independência e a qualidade de vida dos doentes.
Saiba mais em:
Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca > Parkinson: reconhecer os primeiros sinais da doença