O Burnout Ocupacional

O termo “burn-out” foi utilizado pela primeira vez nos anos 70 pelo psicanalista americano Herbert Freudenberger com o intuito de descrever as consequências do stress associado às profissões envolvendo a prestação de cuidados. Atualmente, apesar de amplamente reconhecido e associado a diversos ofícios, sendo alvo da atenção das comunicações sociais, o conceito de burnout não possui uma definição clara estabelecida e por isso não constitui para já uma realidade passível de ser avaliada em quantidade e qualidade de forma universal. Para além disso, parece não ser simples a distinção entre depressão e burnout, o que pode ter implicações na eficácia do tratamento instituído.

Não obstante, existem já diversos estudos investigando esta temática, que aparenta ter uma magnitude superior ao anteriormente pensado, o que pode ser indício de que o burnout irá de facto ser considerado uma doença ou distúrbio, pelo que podemos encontrá-lo neste momento na classificação internacional de doenças “International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems – 10th Revision”, não como doença mas como “problemas relacionados com dificuldades de vida diária (Z73)”.

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O burnout pode ter causa em diversos fatores, tais como: falta de controlo sobre as situações de trabalho; expectativas indefinidas; dinâmicas disfuncionais em ambiente de trabalho; incompatibilidade de princípios e valores; extremos de atividade; falta de apoio social e desiquilíbrio entre o emprego e a vida pessoal. Relativamente às consequências: stress extremo, fadiga, insónias, depressão, ansiedade, abuso de substâncias, doença cardíaca; colesterol elevado; Diabetes tipo 2 (especialmente em mulheres); AVC e obesidade.

São consensuais três áreas principais de sintomas considerados serem indicadores de burnout, podendo ser físicos ou psicológicos: a exaustão – que pode expressar-se na forma de dor e problemas gástricos ou intestinais, com um estado de esgotamento físico, tristeza e cansaço emocional; o distanciamento das actividades realizadas no trabalho – esse ambiente torna-se cada vez mais stressante e frustrante; desempenho reduzido – o burnout afecta principalmente a capacidade de executar as tarefas diárias no emprego e em casa, que são encaradas como aspetos negativos. É também consensual que todos este sintomas são efeitos do stress. Algumas características parecem ser muito específicas para o burnout, quando comparado à depressão, nomeadamente a baixa auto-estima, desesperança e tendências suicidas e, ao contrário da depressão, todos os problemas são relacionados com o emprego. Não existem, contudo, orientações relativamente ao diagnóstico de burnout. Foram elaborados questionários que demonstram predisposição, tal como o “Maslach Burnout Inventory”, disponível para diferentes grupos ocupacionais, porém foram desenvolvidos para aplicação em estudos investigacionais e não asseguram a distinção entre situações de burnout e de depressão.

Relativamente à prevenção, podem ser tomadas algumas medidas individuais, tal como recomendado pela Mayo Clinic (“Job burnout: How to spot it and take action”, em www.mayoclinic.org): planear a resolução de problemas e avaliar opções; ajustar a atitude no contexto de trabalho; procurar apoio familiar ou profissional; reconsiderar os próprios interesses, competências e preferências; praticar exercício físico e dormir pelo menos 7-8h de forma a recuperar energia.

Carolina Félix, interna de Ano Comum no HDES – Agosto de 2017

Rastreio do Pé Diabético (Centro Comercial Parque Atlântico, 24/Jan/2018)

Uma das complicações da diabetes é a diminuição da circulação arterial e da sensibilidade dos pés. Os sinais e sintomas são: perda de sensibilidade nos pés, formigueiro, dormência e aparecimento de lesões (feridas) nos pés.

O rastreio sistemática do Pé Diabético leva à diminuição acentuada do número de amputações dos membros inferiores, obtendo-se evidentes ganhos em saúde e de qualidade de vida.

A prevenção é a maneira mais eficaz de evitar as complicações.

Cartaz Final

Convenção para a prestação de cuidados de saúde na área da Radiologia – Ecotomografia (ECOGRAFIA – OBSTÉTRICA)

Foi publicado em Jornal Oficial da Região Autónoma dos Açores, a 8 de janeiro de 2018, anúncio com vista à convenção para a prestação de cuidados de saúde na área da Radiologia – Ecotomografia (ECOGRAFIA – OBSTÉTRICA)

Consultar Anúncio: Jornal Oficial II Série – Número 5, 8 de janeiro de 2018 (Convenção n.º 1/2018 de 8 de janeiro de 2018 | Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel)

 

Primeiras Jornadas da Unidade de Saúde Pública da USISM (18/Jan/2018) (Data Limite de Inscrição: 10/Janeiro/2018)

Data: 18 de janeiro de 2018

Local: Auditório do Laboratório de Engenharia Civil (Ponta Delgada)

Inscrições: até 10 de Janeiro de 2018 através do [email protected] indicando nome, profissão, entidade/organização/empresa, morada, telefone e e-mail

Programa: Descarregar Programa

Convite:

A Unidade de Saúde Pública da Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel (USISM), completou três anos de existência, no Verão de 2017.

Após a sua fundação e elaboração do seu Plano de Ação, solicitou o envolvimento de inúmeros colaboradores, quer da USISM, quer de Instituições Externas, para participação nos seus projetos. Projetos que foram e que estão a ser desenvolvidos em vários âmbitos e com os diversos públicos que constituem a comunidade da Ilha de São Miguel.

É chegada a hora de dar a conhecer essas parcerias, os trabalhos realizados e os resultados alcançados nos diversos Projetos, nomeadamente no âmbito da Qualidade alimentar, Observatório nutricional, Formação em diversos contextos e prevenção de acidentes, por exemplo. Também os constrangimentos sentidos e as dificuldades que necessitaram ser contornadas.

A Unidade de Saúde Pública é uma Unidade Funcional da Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel, constituída por uma equipa multidisciplinar, cujo capital humano assumiu como fundamental objetivo a implementação de uma nova ambição para a Saúde Pública nesta Ilha de São Miguel.

Para enquadrar, articular e abrir horizontes futuros ao seu desenvolvimento, convida agora dois oradores externos provenientes da área da Saúde Pública, de campos bem distintos: a Senhora Engenheira do Ambiente, Isabel Cristina da Lança, que tem colaborado na lecionação na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, e faz parte do Conselho Diretivo da Ordem dos Engenheiros na Região Centro. É a responsável pela área da Saúde Ambiental no Departamento de Saúde Pública da Administração Regional do Centro (ARS), onde tem desenvolvido inúmeras atividades relativas à vigilância das águas, emissões gasosas, qualidade do ar exterior e interior, resíduos perigosos, campos eletromagnéticos e amianto, entre outros.

O outro orador, Dr. António Brochado Morais, é responsável pela Unidade de Planeamento do Departamento de Saúde Pública da ARS do Centro. Foi também Diretor Executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego e Assistente Convidado na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Trará uma visão globalizante e dinâmica das funcionalidades das Unidades de Saúde Pública, da sua função de Observatório de Saúde da sua área geodemográfica e demais estratégias, tendo em vista a elaboração e gestão de programas no âmbito da prevenção, promoção e proteção da saúde da população em geral e de grupos específicos.

Convidamos assim todos os Profissionais relacionados com estas temáticas a participarem e colaborarem nos debates e nas reflexões destas suas Primeiras Jornadas!

I Jornadas USP-USISM