Mantenha a sua vacinação atualizada!

Além da proteção individual que as vacinas conferem, pela indução da imunidade específica para determinadas doenças, a maioria das vacinas tem a capacidade de, a partir de determinadas taxas de cobertura vacinal, interromper a circulação dos microrganismos entre indivíduos, originando aquilo a que se denomina “imunidade de grupo”. Este benefício para a sociedade é a grande mais-valia da vacinação[1].

Segundo as indicações do Plano Nacional de Vacinação atualmente em vigor, recomenda-se que a população adulta mantenha a sua vacinação atualizada, essencialmente contra o Tétano, Sarampo e Rubéola. Neste sentido, deverá manter a renovação da vacina antitetânica de 20 em 20 anos, até atingir os 65 anos de idade, altura em que deverá passar a atualizar a vacina de 10 em 10 anos.

A população masculina, nascida após o ano de 1970 deverá estar vacinada com, pelo menos, uma dose da vacina do Sarampo, Papeira e Rubéola.

No caso da população feminina, recomenda-se, para prevenção da síndrome de rubéola congénita, que as mulheres em idade fértil (até aos 49 anos de idade inclusive) estejam vacinadas com duas doses de vacina do Sarampo, Papeira e Rubéola ou que detenham prova serológica a atestar a sua imunidade para estas doenças (o que costuma acontecer aquando da vigilância de gravidez).

Se está grávida, entre as 20 e as 36 semanas de gestação, deverá ser vacinada contra a Tosse convulsa, como medida de prevenção da manifestação desta doença no seu bebé recém-nascido.

Onde se pode vacinar: Toda a população que necessite, deverá recorrer, preferencialmente, à Unidade de Saúde da sua área de residência, para atualização vacinal. Recomenda-se, para o efeito, que seja portador do seu Boletim Individual de Saúde (livro de vacinas). A vacinação é gratuita e está disponível a todos os cidadãos.

[1] Direção Geral de Saúde (2015). Programa Nacional de Vacinação 2017. Lisboa. Disponível em https://www.dgs.pt/cidadao/vacinacao.aspx

Curta-Metragem Documental “Vive”

Apresentamos o trailer da curta-metragem documental “Vive” da autoria de Sara Ponte – Médica Interna de Medicina Geral e Familiar da USISM, em parceria com o Filipe Tavares – Produção & Audiovisuais Ventoencanado e ARTAC

A curta-metragem foi selecionada para o International Short Fils & Arts Festival (FISFA) e será apresentada em Nova Deli, na India, por ocasião da 15th World Rural Health Conference a 26 e 27 de abril. Este evento é promovido pela Organização Mundial dos Médicos de Família e debruça-se sobre vários temas na área da saúde.

O filme condensa um estudo de investigação que teve como principal objetivo avaliar a introdução do yoga nos cuidados de saúde primários.

À Sara e a todos os envolvidos no projeto o nosso muito obrigado.

Dia Mundial da Voz – 16 de Abril

O melhor caminho para a manutenção de uma voz saudável é a prevenção!

Cuidados Diários com a Sua Voz:

  • Evite gritar ou falar muito alto;
  • Beba bastante água (8-10 copos/ dia) – à temperatura ambiente;
  • Faça intervalos para beber água quando fala muito;
  • Faça uma alimentação saudável e equilibrada;
  • Evite utilizar roupas justas na região do pescoço e abdómen;
  • Não fume e evite locais com muito fumo;
  • Controle a quantidade de café ingerida por dia;
  • Controle o nível de stress;
  • Controle a ingestão de bebidas alcoólicas e/ou gaseificadas;
  • Repouse a voz, procure atividades que não envolvam o seu uso;
  • Evite a automedicação. Alguns medicamentos afetam a voz.
  • Controle a exposição a ambiente ruidosos;
  • Controle a exposição a aparelhos de ar condicionado.

Dia Mundial da Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson foi descrita, pela primeira vez, em 1817, pelo médico inglês James Parkinson e caracteriza-se por uma alteração neurológica progressiva e degenerativa que tem lugar quando os neurónios (células cerebrais), localizados numa área cerebral específica morrem ou perdem parcialmente a sua função. Pelo facto das células afetadas pela doença serem responsáveis pela produção de dopamina (substância química facilitadora da coordenação muscular e do movimento), nas situações em que se instala, as manifestações da doença relacionam-se com alterações da função muscular, embora possam haver diferenças na sintomatologia, de indivíduo para indivíduo. Enquanto alguns indivíduos podem apresentar apenas algum ou alguns dos sintomas, outros podem apresentar vários, em simultâneo.

Todavia, os sinais e sintomas mais característicos da doença são a ocorrência de tremores, rigidez muscular, lentificação dos movimentos, dificuldade para iniciar ou controlar movimentos, problemas de equilíbrio, movimentos imprevisíveis, cólicas, problemas de fala e de deglutição. Podem, em alguns casos, surgir também problemas cognitivos, como a perda de memórias recentes, a dificuldade em seguir instruções complexas, ou a perda da capacidade de desempenhar várias tarefas em simultâneo.

No entanto, a doença de Parkinson não implica, necessariamente o desenvolvimento de um quadro de demência, no sentido em que a demência se caracteriza pela perda de memória, capacidade intelectual, raciocínio, competências sociais e reações emocionais consideradas normais.

Efetivamente, ao manifestar-se pela alteração de movimentos, que acontecem de forma lentificada, a doença de Parkinson pode nunca comprometer a função mental da pessoa, mas se a demência ocorrer, surge habitualmente numa fase avançada da doença ou nas pessoas que desenvolvem Parkinson numa fase tardia da vida.

Art School 01

Ainda não é claramente conhecida a causa da doença, mas as hipóteses apontam para possíveis defeitos genéticos, combinados com a exposição a pesticidas ou outros produtos químicos que funcionam como neurotoxinas ambientais, ou seja, substâncias que, quando absorvidas pelo corpo humano, têm a capacidade de alterar a função celular cerebral.

Embora a Doença de Parkinson não seja fatal, por ser uma doença cerebral gradualmente incapacitante, com o agravamento da sintomatologia, podem acontecer acidentes graves, essencialmente pelas alterações do equilíbrio e pela incapacidade do organismo responder de forma rápida a situações de perigo eminente. Contudo, a gravidade desses incidentes depende muito da idade do doente, do seu estado de saúde geral e do estadio da doença.

Atualmente, existem vários tratamentos disponíveis para controlar a sintomatologia da doença, sendo o seguimento clínico do doente de Parkinson diagnosticado, realizado por médicos neurologistas.

Esta é uma doença muito desafiante para quem se depara com ela no seu dia-a-dia, no entanto, é importante ter em conta que a sua evolução e manifestações variam muito de indivíduo para indivíduo. É muito importante que o doente de Parkinson mantenha uma vida social ativa para garantir a sua saúde mental. O acompanhamento familiar e o apoio de redes de suporte são também essenciais para a aceitação da doença e para a superação dos obstáculos que ela possa implicar.

Na ilha de São Miguel, existe uma delegação da Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson sita à Rua da Arquinha, 75, em Ponta Delgada, à qual poderá chegar através dos contactos: 296 201550 / 296 652410 / 919 707 139.