No dia 8 de novembro celebra-se o Dia Mundial da Radiologia, em homenagem à descoberta dos raios X pelo físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen, em 1895. Esta data tem como objetivo sensibilizar a população para a importância da radiologia na medicina moderna, destacando o papel dos médicos radiologistas e técnicos de radiologia na promoção da saúde ([1],[2]).
O que é a radiologia?
A radiologia é uma especialidade médica que utiliza diferentes tecnologias para criar imagens do interior do corpo humano. Essas imagens ajudam na prevenção e diagnóstico de doenças, acompanhar tratamentos e, em alguns casos, até realizar procedimentos terapêuticos guiados por imagem.
Porque é importante a ação de um radiologista?
Os médicos radiologistas e técnicos de radiologia têm uma atuação fundamental na promoção da saúde pública, contribuindo para a identificação, ainda em fases iniciais, de doenças como o cancro, doenças cardiovasculares e patologias neurológicas ([3]).
Quais os exames mais frequentes no âmbito da radiologia?
Os exames mais comuns incluem: Radiografia: usado para ver ossos e estruturas simples através de Raio-X; Ecografia (ultrassonografia): usa ondas sonoras para mostrar órgãos em tempo real, muito usada na gravidez; Tomografia Computorizada (TC) (comumente designada TAC): combina vários raios-X para criar imagens detalhadas em 3D; Ressonância Magnética: usa campos magnéticos e ondas de rádio para mostrar tecidos e órgãos com grande precisão.
Para que servem estes exames de imagem?
Estes exames permitem reconhecer alterações, ainda em fases iniciais, possibilitando a identificação precoce de doença, a condução de intervenções mais rápidas e aumentando as probabilidades de sucesso dos tratamentos. Estes métodos elevam significativamente a qualidade dos diagnósticos e dos cuidados prestados aos doentes ([4],[5]).
Os exames de imagem são sempres seguros?
Na maioria dos casos, sim. No entanto, alguns exames, como a radiografia, a TC e a mamografia, envolvem radiação ionizante, que pode ter efeitos cumulativos no organismo, ou seja, o corpo acumula os efeitos ao longo do tempo, mesmo que os exames sejam espaçados e isto pode aumentar o risco de alterações celulares e, em casos raros, contribuir para o desenvolvimento de doenças como o cancro. Por isso, é importante que os exames sejam realizados apenas quando necessário e com indicação médica clara.
Como posso proteger-me?
Este cuidado está relacionado com o conceito de prevenção quaternária, que defende que devem ser evitados exames e tratamentos quando desnecessários, protegendo os cidadãos de riscos invisíveis, como o sobrediagnóstico (identificação de alterações ou doenças não inicialmente previstas) ou iatrogenia (estado de doença, efeitos adversos ou complicações resultantes de um tratamento ou procedimento de diagnóstico) ([6], [7]). Para isso:
– Evite exames sem indicação médica.
– Não repita exames sem necessidade.
– Informe sempre o seu médico sobre exames anteriores, para evitar duplicações.
– Grupos como crianças e grávidas são mais sensíveis à radiação e devem ser avaliados com especial cuidado!
([1]) Pacheco, L. L., & Freitas-Reis, I. (2023). Major Contributors Responsible for the Discovery of X-Rays: The Collective Strand of Science. Revista Brasileira de Ensino de Física, 45, e20230016. https://doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2023-0016, acedido a 10/11/2025
([2]) Associação Portuguesa de Radiologia, Neurorradiologia e medicina Nuclear. Dia Mundial da Radiologia. Dia Mundial da Radiologia – APRANEMN, acedido a 10/11/2025.
([3]) Lemos, C. H. S., et al. (2024). A importância do radiodiagnóstico na promoção da saúde pública. https://www.sencir.nuclear.ufmg.br/wp-content/uploads/2024/11/946581.pdf, acedido a 10/11/2025.
([4]) Vasconcelos, B. T. O. (2023). A evolução e o impacto da tomografia computadorizada na medicina: uma revisão bibliográfica [Trabalho de Conclusão de Curso]. Conselheiro Lafaiete: Centro Universitário UNA Lafaiete.
([5]) Dribla, A. (2024). Diagnostics in early detection: A critical component of modern healthcare. Imaging in Medicine, 16(6), 246–247. https://doi.org/10.47532/1755-5191.2024.16(6).246-247, acedido a 10/11/2025.
([6]) Tesser, C. D. (2024). Uma articulação conceitual para boas práticas preventivas. Cadernos de Saúde Pública, 40(8). https://doi.org/10.1590/0102-311XPT068123, aceido a 10/11/2025
([7]) Leal Neto, H. S., et al. (2024). Prevenção quaternária: estratégias para reduzir intervenções médicas desnecessárias. BJHS, 6(10), 4238–4253. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p4138-4153, acedido a 10/11/2025.